Cuidados Paliativos e Atenção Domiciliar: Possibilidades e Desafios na Atuação da Psicologia

Autores

  • Rafael Spíndola do Prado ESCS - (Escola Superior de Ciências da Saúde - DF)

Palavras-chave:

Palavras-chave, assistência domiciliar, cuidados paliativos, psicólogo, equipe multiprofissional, desafios.

Resumo

A assistência domiciliar formulou-se por causa da alta demanda hospitalar, custo elevado dos serviços de saúde e carência de humanização nos serviços. É definida por ações de prevenção, tratamento, reabilitação, paliação e promoção à saúde domiciliares. Cuidados paliativos são cuidados holísticos ofertados a pessoas em sofrimento intenso por causa de doenças graves ou em fim de vida. O trabalho do psicólogo e do paliativista no domicílio é um campo pouco explorado. O objetivo do artigo é sugerir reformulações à atuação de uma equipe multiprofissional e do psicólogo paliativista em um serviço de atenção domiciliar. Constitui-se como uma pesquisa qualitativa que inseriu o residente no cotidiano da equipe, o que evidenciou necessidade de estruturação e aperfeiçoamento da atuação do psicólogo. Sugere-se que: o psicólogo participe do processo de admissão; expansão dos cuidados paliativos para além de neoplasias; atuação interdisciplinar; reuniões de equipe para construção de plano terapêutico singular; visitas pós-óbito para acompanhamento de luto familiar; formação teórica e prática para a equipe. A estruturação do serviço, baseada em legislações governamentais, favorece um paradigma biomédico ultrapassado. Os familiares também precisam de cuidado. Os profissionais podem ter problemas em lidar com familiares e contextos fragilizados. As dificuldades do psicólogo se exacerbam em relação ao âmbito hospitalar. Psicólogos, profissionais paliativistas e educação continuada em cuidados paliativos são necessários ao serviço.

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Publicado

2021-11-26