ENSINO DE CIÊNCIAS E AVALIAÇÃO FORMATIVA: UMA ANÁLISE DA RELAÇÃO ESTUDANTE SURDO-INTÉRPRETE EDUCACIONAL NO CONTEXTO DA SALA DE AULA
Palavras-chave:
Subjetividade de González Rey, estudantes surdos, pessoa intérprete educacional, avaliação formativaResumo
O presente trabalho se insere no contexto dos estudos de doutoramento de um de seus autores e apresenta uma compreensão sobre a avaliação formativa desenvolvida no âmbito da relação pedagógica estabelecida entre cinco estudantes surdos e o intérprete educacional que os acompanhava nas aulas de Ciências, em uma turma inclusiva de ensino médio. Em conformidade com a perspectiva da Teoria da Subjetividade de González Rey, defendemos que o espaço-tempo de avaliação formativa, construído no contexto da sala de aula a partir de uma produção subjetiva ímpar, pode se constituir como um lócus privilegiado de aprendizagem e desenvolvimento humano. Para tanto, neste trabalho, a compreensão da dimensão subjetiva da aprendizagem escolar e suas implicações para a ação docente favoreceram a análise do processo avaliativo desenvolvido por um grupo específico formado por estudantes surdos e profissionais da educação. Nessa direção, utilizamos como referencial teórico a subjetividade em uma perspectiva cultural-histórica e o procedimento construtivo-interpretativo foi inspirado nos princípios da Epistemologia Qualitativa defendida por González Rey. Foram utilizados, entre outros indutores, conversas informais, dinâmica conversacional, desenhos, produção de cartas e completamento de frases. Os resultados indicaram que a avaliação formativa, ao ser assumida na perspectiva do sujeito que aprende, pode favorecer a criação de uma ambiência escolar dialógica, acolhedora e rica em possibilidades de aprendizagens e desenvolvimento humano tanto do profissional da educação quanto dos estudantes surdos participantes do processo avaliativo.Downloads
Publicado
2020-01-17
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