ENSINO DE CIÊNCIAS, ESTUDANTE SURDA E PESSOA INTÉRPRETE EDUCACIONAL: ANÁLISE DO PROCESSO DE ENFRENTAMENTO DE UMA POSSIBILIDADE DE EVASÃO ESCOLAR

Autores

  • ISABELLA GUEDES MARTINEZ UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
  • ELIAS BATISTA DOS SANTOS FACULDADE PROJEÇÃO SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO DF https://orcid.org/0000-0003-4224-5180
  • RICARDO GAUCHE UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

Palavras-chave:

subjetividade, estudante surdo, pessoa intérprete educacional, evasão escolar,

Resumo

O presente trabalho se insere no contexto dos estudos de doutoramento de um de seus autores, apresentando uma análise da relação subjetiva estabelecida estudante surda-pessoa intérprete educacional como constituinte da ação pedagógica que se desenvolveu em uma turma de educação inclusiva. Assim, em consonância com a perspectiva da Teoria da Subjetividade de González Rey, defendemos que o processo de ensino-aprendizagem é relacional, constituído por uma dimensão subjetiva, em que as singularidades das pessoas se constituem no espaço-tempo em que acontece o processo ensino-aprendizagem e, ao mesmo tempo, de maneira interdependente, o constituem. Nosso objetivo foi analisar o desenvolvimento da relação subjetiva entre uma estudante surda e a pessoa intérprete educacional no contexto da sala de aula de uma escola pública de ensino médio. Para tanto, utilizamos a subjetividade em uma perspectiva cultural-histórica como referencial teórico e o procedimento construtivo-interpretativo foi inspirado nos princípios da Epistemologia Qualitativa. Com o intuito de favorecer a produção de subsídios empíricos pelos participantes, foram utilizados, entre outros indutores, conversas informais, dinâmica conversacional, desenhos, produção de cartas e completamento de frases. Os resultados indicaram que a relação estudante surda-pessoa intérprete educacional se constituiu e pôde ser interpretada, de maneira complexa e recursiva, a partir da confluência das histórias de vida dos participantes, da assunção de uma postura favorecedora do diálogo, da assunção de uma postura de enfrentamento em relação às situações favorecedoras da evasão escolar e do desenvolvimento de uma emocionalidade positiva em relação ao quefazer pedagógico.

Biografia do Autor

ISABELLA GUEDES MARTINEZ, UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências, Instituto de Química, UnB

ELIAS BATISTA DOS SANTOS, FACULDADE PROJEÇÃO SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO DF

Professor da Faculdade Projeção - FAPRO; Professor da Secretaria de Estado de Educação do DF

RICARDO GAUCHE, UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências, Instituto de Química, UnB

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Publicado

2019-08-18