“Guerra Civil”: deve o STF ser o nosso super-herói?

Autores

  • Matheus Passos Silva Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa Pesquisador voluntário do CEDIS, da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa Professor da Faculdade Projeção Pesquisador CAPES – Proc. Nº 1791/15-0 http://orcid.org/0000-0002-4247-3637
  • Clidenor Carvalho de Sousa Júnior

Palavras-chave:

Cinema, Direitos fundamentais, Presunção de inocência, Democracia, Cidadania.

Resumo

O cinema é um dos elementos centrais da “cultura pop” na atualidade, com destaque para os filmes de super-heróis. Neste contexto o Marvel Studios lançou em 2016o filme “Capitão América: Guerra Civil”, o qual traz como pano de fundo o seguinte questionamento: devem os super-heróis agirem livremente ou devem ser supervisionados por alguma agência governamental? O questionamento é relevante para o âmbito jurídico no que diz respeito à atuação verificada, em tempos recentes, pelas inúmeras instâncias dos tribunais brasileiros, atuação esta que, se desmedida, leva ao chamado “ativismo judicial” – de maneira que o magistrado acabe por se apresentar, em última instância, como um “super-herói” para a sociedade brasileira. Busca-se, neste artigo, mostrar que este ativismo judicial é perigoso, especialmente para sociedades tais quais a brasileira que acabam por aceitar o surgimento de “salvadores da pátria”, o que leva, em última instância, à fragilização da própria noção de Estado democrático de direito. O artigo se divide em três partes: na primeira apresenta-se, de maneira breve, a relação entre Direito e cinema com base no filme “Capitão América: Guerra Civil”; na segunda o artigo traz, como estudo de caso, o habeas corpus 126.292, do Supremo Tribunal Federal, que relativizou o princípio da presunção da inocência; por fim, são feitos apontamentos sobre as consequências do ativismo judicial para a sociedade brasileira. O artigo se fundamenta no método indutivo e usa como técnica de pesquisa a bibliográfica, sendo fundamentado no próprio texto legal, bem como em jurisprudência e em doutrina brasileira e estrangeira.

Biografia do Autor

Matheus Passos Silva, Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa Pesquisador voluntário do CEDIS, da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa Professor da Faculdade Projeção Pesquisador CAPES – Proc. Nº 1791/15-0

Doutorando em Direito Constitucional pela Faculdade de Direito da Universidade de LisboaPesquisador voluntário do CEDIS, da Faculdade de Direito da Universidade Nova de LisboaProfessor da Faculdade ProjeçãoPesquisador CAPES – Proc. Nº 1791/[email protected]

Clidenor Carvalho de Sousa Júnior

Pós-graduando em Direito Constitucional pela Universidade Cândido MendesBacharel em Direito pela Faculdade Projeçã[email protected]

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Publicado

2016-09-23