Adolescentes egressos do sistema socioeducativo e escolarização: a fragilidade das práticas intersetoriais
Palavras-chave:
medidas socioeducativas, educação, intersetorialidadeResumo
O abandono dos estudos por jovens egressos em medida socioeducativas consiste uma realidade que demanda ações preventivas e intersetoriais. O Estatuto da Criança e do Adolescente já determina obrigação das entidades que desenvolvem programas de internação de manter programas de apoio e acompanhamento de egressos (BRASIL, 1990, art. 94, XVIII). Porém, este acompanhamento ocorre somente 18,44% dos estabelecimentos socioeducativos (CNJ, 2012). Em particular, as políticas públicas referentes ao egresso ainda são tímidas e pouco eficazes. A pesquisa tem como objetivo investigar o percurso escolar de jovens egressos, trazendo reflexões sobre as ações dos equipamentos socioeducativos e escolas. Para tanto, foi realizada pesquisa qualitativa, junto a jovens egressos e socioeducadores. Após a realização das entrevistas semiestruturadas, os dados foram transcritos, sistematizados e submetidos à análise de conteúdo. Os resultados apontam para a fragilidade da rede de serviços e a falta de ações preventivas frente à evasão escolar; a importância dos vínculos com socioeducadores e professores para a permanência do jovem na escola; a pouca atenção da família quanto aos assuntos escolares; e a primazia do trabalho frente aos estudos. Sugere-se a formação de comissões intersetorias entre escola e equipamentos socioeducativos e a construção de políticas específicas visando o acompanhamento do egresso, a fim de se garantir a continuidade dos eventuais ganhos socioeducativos. A formação de espaços intersetoriais e o trabalho conjunto pode ainda favorecer a circulação de novas representações sobre as ações socioeducativas, abrindo campo para práticas integradas e ainda mais democráticas.Downloads
Publicado
2019-03-07
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