O “Future-se”, perspectiva de autonomia financeira e inovação para Os Institutos Federais do Centro Oeste no modelo hélice tríplice

Autores

  • Ricardo Pedroza Martirena Universidade de Brasília (UnB) http://orcid.org/0000-0001-7707-4807
  • Claudio Ulisse Universidade de Brasília (UnB)
  • Juliana Ferreira Borges Universidade de Brasília (UnB)
  • Paula Meyer Soares Universidade de Brasília (UnB)

Palavras-chave:

Políticas públicas, Institutos Federais, Inovação

Resumo

Em busca de um plano de desenvolvimento econômico considerando o conhecimento como recurso principal, pautou-se o debate conhecido como “Future-se” que oferece mecanismos para impulsionar a inovação nos moldes da hélice tríplice. Uma visão arrojada, que se esforça por driblar perspectivas políticas e se sustentar, com embasamento técnico e muito diálogo, na lógica de resultados e desempenho, a ideia é defender que o caminho para o país é estimular o desenvolvimento baseado em educação. A Região Centro-Oeste, que possui cinco Institutos Federais, é o objeto de estudo para análise da pertinência da continuidade do diálogo. O artigo observa elementos favoráveis e pontos de atenção aderentes à realidade local. O resultado da análise oferece condições para a afirmativa que os Institutos Federais da Região Centro Oeste tem perfil e potencial para implementar o que essa política pública tem a oferecer, desde que essa se expresse num formato mais ágil e assertivo, o que pode resultar da combinação de diferentes iniciativas.

Biografia do Autor

Ricardo Pedroza Martirena, Universidade de Brasília (UnB)

Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Amazonas (1995), Pós-graduado em Gestão Policial Judiciária pela pela Faculdade Fortium (2010) e Pós-graduado em Ciências Criminais pela Universidade da Amazônia (2007). Foi Sargento QMS Auxiliar de Comunicações do Exército Brasileiro de 1987 a 1998. Concluiu o Curso de Especialização em Telegrafia na Escola de Comunicações do Exército - Es Com (1991) e atuou como Radiotelegrafista do Serviço Rádio do Ministério do Exército de 1992 a 1997. Foi Professor de Direito Penal na UNIP de 2006 a 2009 em Brasília/DF. Foi Diretor do Presídio do Distrito Federal II - PDF II/Complexo da Papuda de 2015 a 2016. Delegado de polícia civil aposentado - Polícia Civil do Distrito Federal, cuja profissão exerceu de 1999 a 2019. Atualmente é Advogado e Professor de Direito Penal e Processo Penal na Universidade Projeção em Taguatinga/.DF - Uniprojeção.

Claudio Ulisse, Universidade de Brasília (UnB)

Docente de Informática, bacharel em Sistemas de Informação, especialista em Data Warehouse e Business Intelligence, analista de sistemas e desenvolvedor para ambiente web e desktop. Experiência em integração de sistemas, arquitetura distribuída, .NET, SQL SERVER, Javascript, Nodejs, PHP, ambiente Linux , SAP, IBM

Juliana Ferreira Borges, Universidade de Brasília (UnB)

Administradora graduada pela PUC-GO, com MBA em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) , Certificada pela Fundação Dom Cabral no Programa Desenvolvimento de "Gestores Educação Empreendedora", Certificada pelo Centro Internacional de Formação da Organização Internacional do Trabalho (DELNET) em "Gestão do Desenvolvimento Local", Certificada pela Instituto Brasileiro de Psicanálise, Dinâmica de Grupo e Psicodrama (SOBRAP) em "Coordenação de Grupos", Certificada no curso LEconomia Creativa e il Fast Fashion pela Diomedea, Colabora em Pesquisas de Comportamento Consumo da parceria SEBRAE com SENAI,é aluna pós graduanda em Design Instrucional pelo SENAC/SP, Apoiou tecnicamente publicações como ?A Quarta Revolução Industrial do Setor de Têxtil e Confecção? e ?Gestão e Técnicas de Produção na Confecção?, foi tutora do Programa de Trainees do Sebrae em 2014, é tutora do Programa de Desenvolvimento de Gestores da Moda no SEBRAE, atuou na iniciativa privada e pública até 2006 e desde 2007 atua no Sistema Sebrae, inicialmente no SEBRAE GO e desde 2011 compõe o quadro de empregados do SEBRAE Nacional coordenando projetos de apoio ao desenvolvimento de micro e pequenas empresas industriais e executando os projetos de competitividade e inteligência, com abrangência nacional, em mercados intensivos em mão de obra, tecnologia/inovação e energia.

Paula Meyer Soares, Universidade de Brasília (UnB)

Graduada em Ciências Econômicas pela Universidade de Fortaleza (1990), Mestrado em Economia de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas - SP (1994), extensão do mestrado pela Ecole Superieure des Sciences et Etudes Commerciale, ESSEC, Cergy Pontoise-França. e Doutorado em Economia de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas - SP (2002). Professor adjunto da Faculdade do Gama-FGA e do Mestrado Profissional em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia - PROFNIT Ponto focal UnB. Ministra as disciplinas de Politicas Públicas, Economia da energia e Engenharia Econômica. Atua nos seguintes temas: políticas públicas, energia e inovação.

Referências

ANDES (ed.). Programa Future-se representa a extinção da Educação Federal Pública. 2019. Disponível em: https://www.andes.org.br/conteudos/noticia/entidades-do-setor-da-educacao-programa-future-se-representa-a-extincao-da-educacao-federal-publica1. Acesso em: 28 abr. 2021.

BARBOSA FILHO, F. H. Educação e competitividade: o desafio da melhora da qualidade do ensino no Brasil. In: BONELLI, R. (Ed.). A agenda de competitividade do Brasil. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2011. p. 377–402.

BRASIL. Lei 10.973, de 02 de dezembro de 2004. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 2 dez. 2004. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/Lei/L10.973.htm>. Acesso em: dez. 2009.

BRASIL. Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008. Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências. Brasília, DF. Presidência da República, 2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11892.htm. Acesso em: 11 mar. 2021.

CASTRO B. S. de; SOUZA G. C. de. O papel dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) nas universidades brasileiras | The role of Technological Innovation Centers in Brazilian universities. Liinc em Revista, v. 8, n. 1, 24 abr. 2012.

CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia científica. 6ª ed. São Paulo: PEARSON Prentice Hall, 2007.

CONIF. Nota oficial sobre minuta de projeto do programa Future-se. 2019. Disponível em: https://portal.conif.org.br/br/component/content/article/84-ultimas-noticias/3099-nota-oficial-sobre-minuta-de-projeto-do-programa-future-se?Itemid=609. Acesso em: 28 abr. 2021.

DUARTE, Rosália. Entrevistas em pesquisas qualitativas. Educ. rev., Curitiba , n. 24, p. 213-225, Dec. 2004 . Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40602004000200011&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 26 abr. 2021. https://doi.org/10.1590/0104-4060.357.

ETZKOVWITZ, Henry; ZHOU, Chunyan. Triple hélix: university-industry-government innovation and entrepreneurchip. London: Routledge, 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ea/a/4gMzWdcjVXCMp5XyNbGYDMQ/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 17 Dez 2021.

FONSECA, Manoel Justiniano Melo da et al. Programa Nacional de Banda Larga: análise da sua implantação. In: SOUZA, Elias Ramos de (org.). POLÍTICAS PÚBLICAS DE CT&I E O ESTADO BRASILEIRO. Salvador: Ifba, 2018. p. 276.

FREITAS, Ernani Cesar de; PRODANOV, Cleber Cristiano. Metodologia do Trabalho Científico: Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. 2. ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013. E-book. Disponível em: https://www.feevale.br/institucional/editora-feevale/metodologia-do-trabalho-cientifico---2-edicao. Acesso em: 15 out. 2020.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2019.

IFB. Nota do IFB sobre o programa "Future-se". 2019. Disponível em: https://www.ifb.edu.br/reitori/163-uncategorised/22184-nota-do-ifb-sobre-o-programa-future-se. Acesso em: 28 abr. 2021.

IFMS. IFMS demonstra preocupação com ausência de debate sobre o Future-se. 2019. Disponível em: https://www.ifms.edu.br/noticias/ifms-demonstra-preocupacao-com-ausencia-de-debate-sobre-o-future-se. Acesso em: 28 abr. 2021.

LIMA JÚNIOR, Arnaldo Barbosa. Nota Técnica embasamento programa FUTURE-SE. SETEC/MEC. dez 2019.

MALERBA, F., McKelvey, M. Empreendedorismo inovador intensivo em conhecimento que integra Schumpeter, economia evolucionária e sistemas de inovação. Small Bus Econ 54, 503–522 (2020). Disponível em: https://doi.org/10.1007/s11187-018-0060-2https://link.springer.com/article/10.1007/s11187-018-0060-2. Acesso em: 30 abr. 2021.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Plataforma Nilo Peçanha. Disponível em: http://plataformanilopecanha.mec.gov.br/2020.html. Acesso em: 23 nov. 2020.

G1 Educação. MEC reformula proposta do Future-se e diz que lançará nova consulta pública até o dia 28. Disponível em: https://g1.globo.com/educacao/noticia/2019/10/18/mec-reformula-proposta-do-future-se-e-diz-que-lancara-nova-consulta-publica-ate-o-dia-28.ghtml Acesso em: 11 mar. 2021.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Future-se - Ministério da Educação. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/52641?start=20 Acesso em: 11 mar. 2021.

SCHULTZ, T. W. Capital formation by education. Journal of Political Economy, v. 68, n. 6, p. 571-583, 1960.

SINTEF. SINTEF-GO REALIZA DEBATE SOBRE O FUTURE-SE NO IF GOIANO – URUTAÍ. 2019. Disponível em: http://sintef.org.br/wp/2019/12/03/sintef-go-realiza-debate-sobre-o-future-se-no-if-goiano-urutai/. Acesso em: 28 abr. 2021.

SOUZA, Elias Ramos de (org.). POLÍTICAS PÚBLICAS DE CT&I E O ESTADO

BRASILEIRO. Salvador: Ifba, 2018. 1 v. (II).

YIN. R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3 ed. Porto Alegre: Bookman, 2005

Downloads

Publicado

2022-08-08