Tempo, espaço, narrativas, poéticas e metáforas: uma análise do filme O labirinto do Fauno
Resumo
Esse artigo apresenta uma análise de O labirinto do fauno (2006), obra fílmica dirigida por Guilhermo del Toro, cineasta, roteirista e diretor mexicano. A trama da obra fílmica se desenrola a partir dos modos como Ofélia — nossa protagonista, então com treze anos —, se relaciona com o contexto de um enredo cujo tempo e espaço se entrelaçam em uma Espanha pós-guerra civil, quando, juntamente com sua mãe grávida, se aventuram em uma viagem para o interior, onde se juntarão ao Capitão Vidal, seu futuro padrasto. O compromisso, a dedicação e o encantamento com que Ofélia empreende em suas leituras nos conduz aos sentidos da literatura como alimento para as percepções de inter e transdisciplinaridades artísticas, visto que a linguagem literária, em consonância com a linguagem cinematográfica, nos conduz para a alternância do espaço-tempo real, o espaço tempo consequente à imaginação fantasiosa da protagonista e, dessa junção, surge outra possibilidade que está relacionada à capacidade que temos de, a partir do nosso imaginário, inter-relacionar a realidade à fantasia, re/des/construindo mundos que dão sentidos à capacidade humana de criar e recriar outros mundos. No tocante à pesquisa bibliográfica e amparada em autores como Maurice Merleau-Ponty, Gaston Bachelard, George Didi-Huberman e Mikhail Bakhtin, dentre outros, a pesquisa aborda as possibilidades dos campos de inter-relação entre as linguagens artísticas, a literatura e seus gêneros, considerando a intencionalidade do autor e as dimensões que potencializam a estética e a fenomenologia da percepção a partir dos ressignificados dos leitores, vozes que intercalam e mesclam outros sentidos para a obra vista, lida, sentida, percebida.Palavras-chave: Cinema; Literatura; Fenomenologia, Percepção; Dialogismo.Downloads
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