O Princípio Responsabilidade de Hans Jonas e a natureza modificada do agir humano

Autores

  • Roberta Carolina Lima Gontijo de Lacerda Doutoranda em Filosofia (UNISINOS)
  • Alfredo Santiago Culleton Professor Titular (UNISINOS)

Resumo

A consciência ética acerca das consequências imponderáveis da ação praticada no tempo atual pelo homem, que estão em compasso com a destruição do meio ambiente, à luz da responsabilidade moral, será a base central deste artigo.  A reflexão do dever moral em relação ao extra-humano, especialmente quanto aos recursos naturais e toda a biosfera, necessita, realmente, ser um campo de análise da ética, pois surge uma necessidade imperiosa da Filosofia moral se posicionar em relação ao contexto atual de desenvolvimento econômico e tecnológico, a partir de um olhar do hoje para um olhar para o amanhã das próximas gerações e, deste modo, orientar a ação do homem, compreendendo-o como um ser responsável pelas gerações do futuro. Para Hans Jonas a máxima deve ser “Aja de modo que os efeitos da tua ação não sejam destrutivos para a possibilidade futura de uma tal vida”. Essa frase materializa o conceito do Princípio Responsabilidade de Jonas que contempla as gerações futuras; a ação coletiva; as consequências da ação do presente para o futuro; e a responsabilização do indivíduo-coletivo acerca das suas ações. As questões éticas levantadas no presente artigo são profundas e nos conduzem à reflexão e ação urgentes no campo da filosofia moral. A funcionalidade social do tema nos conduz para o fortalecimento da necessidade de uma ética do futuro, pois se hoje, diferentemente de pouco tempo atrás, temos a possibilidade de manipular o comportamento do indivíduo, o que conseguiremos fazer, sem a normatização moral e a reflexão ética, num futuro breve?  

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Publicado

2020-01-17

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Seção

Artigo Original