Identidade cultural e globalização: contradições aparentes em um mundo multicultural e convenientemente inclusivo
Palavras-chave:
Diferenças, Globalização, Identidades culturais, Lideranças, Mercado.Resumo
Este ensaio propõe-se a refletir sobre a existência de uma contradição meramente aparente entre a afirmação das identidades culturais e o processo intenso de globalização ora em curso, contradição essa justificada pelo fato de que se por um lado a globalização coloca em movimento, em decorrência da lógica que embasa suas dinâmicas, um irrefreável processo de homogeneização cultural; por outro, seu adensamento promove, ao contrário, um movimento de valorização das diferenças. Quanto ao entendimento que aqui se tem do termo globalização, pode-se dizer que no contexto da contemporaneidade seu radical “global” não significa o que é necessariamente maior, distante ou mais forte, como em momentos históricos pretéritos, mas sim o que possui permeabilidade ao novo e refuta marcos referenciais estreitos de localismos e soberania. A globalização representa a interpenetração e a interconexão, marcadas pela supremacia do capital e do mercado. O estudo conclui que o processo de globalização em curso leva à afirmação de identidades, apesar das dinâmicas de desterritorialização e desinstitucionalização que engendra, podendo este resultado ser atribuído tanto às lideranças microssociais como ao interesse mercadológico que a condição de ser diferente estabelece. Fundamentam teoricamente esse texto o pensamento do sociólogo Stuart Hall e o do antropólogo e etnológo Michel Agier.Downloads
Publicado
2016-09-24
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