As representações da família na produção midiática do fim do século XIX
Resumo
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo apresentar o contexto histórico das representações da família em meados do século XIX, promover um debate teórico sobre as noções de família no imaginário social da época, sob o ponto de vista histográfico, e apresentar o estudo de caso do jornal “A Família”. A partir da ideia da família como uma instituição mediadora entre o indivíduo e a sociedade, submetida às condições econômicas, sociais, culturais e demográficas e que também tem, por sua vez, a capacidade de influir na sociedade, buscarei nos periódicos publicados nos primeiros anos da República no Brasil, as representações de família, entendendo que o poder absoluto da família patriarcal obscureceu outras formas de organizações familiares. No primeiro momento é possível perceber que o desenvolvimento da economia industrial no Sudeste é que transformará a família. Ela se nucleariza para atender melhor as demandas da sociedade moderna, e ao perder a sua função produtiva, o grupo tende a se relacionar única e exclusivamente a partir dos laços de afeto mútuo. A condição urbano/rural foi a baliza para determinar o tipo familiar. No segundo momento se vê que a família brasileira está vinculada a dois posicionamentos conceituais específicos: um primeiro, que se projeta a partir do modelo de família patriarcal como sendo um modelo a- histórico de família brasileira; e um segundo, onde este modelo é revisto. Por fim se constata que as representações da família, por ser composta de indivíduos e estar dentro de um contexto cultural, é historicamente construída e possui um significado de acordo com a realidade a que está inserida.Palavras chave: Família; Papel social; Mídia impressa.Downloads
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2014-12-06
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